Sabemos que os profissionais do agronegócio enfrentam as mais variadas dificuldades, em especial os pequenos ou micro empresários do ramo. A falta de tecnologias adequadas no campo, falta de infraestrutura, altas tributações, barreiras comerciais, questões ambientais, taxas de câmbio, entre outras, por vezes, torna difícil encurtar os gastos, otimizar a produção e o escoamento de produtos.
É aqui que entra o associativismo e a cooperação. Elas surgem como um mecanismo facilitador unindo os pequenos produtores para que assim, eles possam competir de forma mais justa com os grandes produtores.
No Brasil, a OCB, Organização das Cooperativas Brasileiras, é o órgão responsável pela defesa e o fomento do sistema cooperativista. Segundo a OCB, o cooperativismo é uma das principais soluções para um mundo mais equilibrado, para que haja assim, melhores oportunidades para todos.
Associativismo vs. cooperação?
Apesar de serem muito parecidas e até mesmo utilizadas juntas, as palavras têm significados diferentes, com base na natureza dos processos, ou seja, em como elas ocorrem.
O associativismo tem como finalidade a promoção de uma comunidade, fazendo com que ela saia do anonimato. Além disso, a associação auxilia para que essa comunidade tenha uma maior expressão política, social, econômica e ambiental.
Enquanto que, o cooperativismo tem essencialmente o objetivo econômico. O foco principal é a viabilização de um negócio produtivo dos associados no mercado. O cooperativismo é considerado atualmente, o meio mais adequado para o desenvolvimento de atividades comerciais de média ou grande escala.
Apesar da diferença, o associativismo e o cooperativismo servem para a orientação dos profissionais, incentivando um aprimoramento técnico e um melhor entendimento de sua área.
O associativismo e cooperativismo em tempos de pandemia
Até um tempo atrás, pairava no ar um descrédito nas entidades, sindicatos, associações, cooperativas e afins, gerado principalmente pelo excesso de burocracias e exigências que afetam o andamento das atividades dessas instituições, assim como o das profissões regulamentadas no Brasil.
No entanto, com a pandemia causada pelo Covid-19, o afastamento social e uma demanda maior pelo pensamento coletivo, esse cenário de desvalorização e descrença teve que abrir espaço para a credibilidade.
Isso se dá em especial pelo momento que exige uma inovação por meio de trabalhos colaborativos entre os profissionais. Tendo anos de experiência e know-how para prestar este tipo de auxílio e serviços as cooperativas e associações tiveram uma chance especial de fazer com que seus valores e missões dessem o suporte necessário aos associados.
O momento fomentou não apenas o pensamento coletivo e de ajuda, mas abriu portas e incentivou o aperfeiçoamento técnico de profissionais e instituições com parcerias, cursos, atividades e treinamentos, e a busca de uma melhor interlocução com os poderes públicos. Melhorando assim a comunicação entre os pare profissionais e aumentando o network. Outros assuntos levantando com a pandemia foram a simplificação de processos, redução de burocracias e diminuição de atritos
Como dito anteriormente, apesar das dificuldades e do cenário infeliz causado pelo Covid-19, podemos perceber um reflexo positivo. Cabe a todos os profissionais aproveitarem a situação e reiterarem a importância de associações e cooperativas, tendo em mente o fortalecimento da união profissional e da coletividade.