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5 de abril de 2019

4 fatores que determinam a competitividade do agronegócio

Embora o atual momento da economia brasileira ainda seja de instabilidade, a produção de grãos e a pecuária do país têm demonstrado um bom crescimento nos últimos anos. Se os resultados mostram que a situação do setor é bastante favorável, as previsões indicam que o avanço não irá parar tão cedo. No entanto, para consolidar esse cenário, é necessário olhar para a competitividade do agronegócio brasileiro e trabalhar para aumentá-la cada vez mais.

O termo “competitividade” se refere à característica de possuir condições de alcançar resultados melhores do que os concorrentes. A agricultura brasileira encontra-se bem colocada nesse ranking. Por sermos considerados um país “agrícola”, com localização e clima adequados para produção de diferentes culturas, temos um papel reconhecidamente fundamental na produção mundial de alimentos.

Conheça 4 variáveis que influenciam na competitividade do agronegócio

Sabe-se que um dos principais desafios globais dos próximos anos será alimentar uma população cada vez maior. Nesse sentido, a questão territorial será um grande problema no futuro. Essa também é uma das alavancas do potencial brasileiro no setor, afinal o país lidera a lista das nações territoriais com terras cultiváveis.

Por outro lado, a competitividade do agronegócio brasileiro é prejudicada por alguns pontos que nos colocam em desvantagem em relação aos concorrentes. Contudo, mesmo diante desses obstáculos, o mercado externo é a melhor opção para a expansão do setor e a única forma de expandir o número de consumidores atendidos.

Listamos neste artigo as principais variáveis que têm peso na definição da competitividade do agronegócio no Brasil.

1. Imposições do mercado externo

Se a economia brasileira é baseada na exportação de commodities agrícolas, é fato que o mercado externo acaba influenciando fortemente o setor. Para não perder espaço nesse mercado, os produtores agrícolas precisam ficar atentos às ameaças e oportunidades que se configuram no comércio internacional.

As tarifas impostas pelos mercados importadores para produtos brasileiros são um dos principais desafios enfrentados pelo setor. A burocracia aduaneira e alfandegária também dificulta o processo de exportação e reduz a competitividade do agronegócio brasileiro.

Outro fator que merece atenção são os requisitos sanitários e fitossanitários estabelecidos pelos países importadores. Essas exigências visam proteger o território de pestes e doenças e preservar a saúde humana, mas também buscam estimular os mercado internos.

A assinatura de acordos comerciais com os países importadores é uma das formas de tentar resolver essas questões. As negociações desse caráter podem ajudar a evitar exigências adicionais e a baixar as tarifas que encarecem o escoamento de grãos.

2. Investimento em tecnologia e inovação

Como já falamos em outros artigos, a agricultura digital está revolucionando o setor – portanto, não é à toa que ela está intrinsecamente ligada à competitividade do agronegócio. A também chamada “agricultura 4.0” promete estabelecer a automatização dos processos de produção por meio da tecnologia, configurando uma transformação nunca antes vivida pelo setor.

Além de possibilitar um controle total e rigoroso de todas etapas da cadeia através de sistemas de monitoramento e abastecimento, GPS e drones, a inovação no campo permite uma geração de informações inédita. E mais: o acesso a esses dados não abrange somente a extensão territorial da propriedade rural, mas todo o processo, desde o plantio até a distribuição.

A agricultura digital também proporciona a integração de todas essas informações e a geração de relatórios detalhados que podem servir de base para a tomada de decisão. Dessa forma, a gestão do agronegócio se torna muito mais profissional, aumentando as oportunidades de sucesso.

3. Otimização dos recursos

No Brasil, um dos grandes entraves da competitividade do agronegócio é a logística, que eleva significativamente as despesas de produção. Os altos custos e a falta de infraestrutura são obstáculos presentes no percurso do produtor rural brasileiro – e que acabam interferindo de forma negativa nos negócios.

Para equilibrar a balança, o empreendedor se vê obrigado a produzir mais com menos e focar em otimizar os recursos em todas as etapas do processo produtivo. Isso se tornou mais fácil com a ajuda da agricultura de precisão – um dos pilares desta última revolução tecnológica pela qual o campo está passando.

Com ela, é possível, por exemplo, a partir de um mapeamento prévio, realizar a distribuição de insumos em taxas variadas no solo. Isso faz com que se evite o desperdício de fertilizantes.

4. Sustentabilidade ao longo da cadeia

A melhoria da competitividade do agronegócio nacional envolve a expansão da produção e  o aumento da qualidade daquilo que se produz. No entanto, há de se considerar também a importância da sustentabilidade.

Produzir em maior quantidade, com mais qualidade e menos custos, de forma cada vez mais sustentável é o verdadeiro desafio do setor – que deve se preocupar também com o futuro do planeta. Utilizando toda a tecnologia disponível, os produtores devem focar em utilizar os recursos naturais de maneira inteligente com vistas a gerar o mínimo impacto na área onde atuam.

Aumentar a produtividade por hectare cultivado e promover o crescimento vertical da produção já é possível com o auxílio de sensores que identificam,  por exemplo, as áreas de maior rendimento da lavoura. Evitar desperdícios e perdas, assim como a ociosidade do maquinário, também são pontos fundamentais de uma gestão estratégica preocupada com a sustentabilidade no campo.

O investimento em um modelo de produção com potencial para aumentar a lucratividade e reduzir a pressão sobre o meio ambiente é, sem dúvida, o segredo para tornar o agronegócio brasileiro mais competitivo e ainda mais atuante no mercado internacional.

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