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1 de julho de 2019

O que o Brasil precisa para aumentar a rentabilidade do agronegócio

Em um país que está entre os grandes produtores mundiais de alimentos e cujo PIB é definido em grande em parte pelo setor, a rentabilidade do agronegócio é um índice de suma importância. Como sabemos, um dos grandes desafios que enfrentaremos em um futuro não muito distante é a necessidade de expandir a produção agrícola.

Isso não significa, porém, simplesmente produzir em maior escala, mas, sim, otimizar a relação entre custo, investimento e lucratividade. Atualmente, já se sabe que o aumento da produtividade está relacionado a ampliar a produção de modo sustentável, focando no cultivo de itens mais resistentes e utilizando os recursos de forma mais inteligente. Aumentar a rentabilidade do agronegócio também faz parte dessa importante equação e está relacionado a vários fatores equivalentes.

O principal deles é, sem dúvida, o uso da tecnologia: se não houver a modernização da produção com a utilização de ferramentas de última geração, não há possibilidade de expansão e, portanto, não haverá aumento da lucratividade. Além disso, podemos citar também a necessidade de redução dos custos de logística e de melhoria da infra-estrutura do país.

Transformação digital e aumento da rentabilidade do agronegócio

Como já falamos por aqui, a tendência à inovação no campo é um caminho sem volta. O progresso tecnológico é o grande responsável pelo atual patamar de produtividade e evolução do setor. Graças a ele, foram desenvolvidas, por exemplo, culturas resistentes a pragas, cereais de maior rendimento, produtos químicos e técnicas de irrigação  mais eficazes, além de todo o maquinário disponível.

Os dados de pesquisas sobre a rentabilidade do agronegócio brasileiro nos últimos tempos mostram que atividades com nenhuma ou com baixa utilização de recursos modernos – como a produção de leite sem uso de tecnologia e a pecuária de cria – possuem hoje rentabilidade negativa.

A ascensão da agricultura 4.0 tem, portanto, um papel fundamental no aumento da produtividade e do rendimento agrícola. A inovação tem se mostrado importante não apenas na otimização dos processos de produção através da automação. Ela também auxilia na diminuição dos custos e na redução dos desperdícios do negócio.

Como a tecnologia contribui para a produtividade e o rendimento no campo

A agricultura digital atual trouxe ao campo pela primeira vez a possibilidade real de automatização dos processos de produção. Hoje em dia, a tecnologia atua em várias frentes do empreendimento rural e permite o controle de todas as etapas da cadeia produtiva.

Além de permitir um monitoramento completo, o investimento em tecnologia possibilita que a execução por meio de máquinas ou ferramentas mecânicas, eletrônicas ou computacionais. Esse cenário desenha o que se chama hoje de “automação agrícola”.

Potencializando a capacidade do trabalho humano, é possível otimizar a gestão de insumos e de outros recursos, ganhar tempo e evitar perdas. Tudo isso traz mais segurança para o produtor, aumenta o rendimento do trabalho no campo e, consequentemente, a rentabilidade do agronegócio.

O controle total da produção com o registro de dados de todas as operações possibilitado por plataformas de gestão e sistemas de automatização do abastecimento de frotas, por exemplo, também desenha uma nova modalidade de gestão para o setor.

Esses recursos facilitam o planejamento estratégico e geram informações para uma tomada de decisão mais assertiva. Com os investimentos certos, além de garantir a expansão da produtividade, o empreendedor consegue aumentar a sua margem de lucro.

O cenário da rentabilidade do agronegócio no Brasil

A rentabilidade do agronegócio no Brasil enfrenta uma série de desafios. O alto custo envolvido na logística é um deles. Em função da nossa grande produção agrícola e das longas distâncias pelas quais as cargas precisam ser movimentadas no país, os gastos com transporte e armazenagem são significativos e representam a maior despesa do setor.

De acordo com uma pesquisa da Esalq/LOG, o custo estimado da logística para o agronegócio foi de aproximadamente R$ 120 bilhões em 2017. Desses, R$ 105 bilhões foram gastos com transporte e outros R$ 15 bilhões com armazenagem.

Como sabemos, a regra básica desse cenário diz que quanto menor o custo interno, maior o lucro na hora da venda. Isso significa que essas despesas elevadas reduzem a nossa competitividade diante do mercado externo e prejudicam o produtor rural.

De qualquer modo, os dados mostram que diferentes atividades possuem diferente rentabilidade – há também muitos fatores que são considerados nessa avaliação. Para citar alguns, câmbio e demanda, por exemplo, pesam sobre os preços dos produtos, assim como oferta e disponibilidade.

No entanto, como já falamos, neste cenário há pontos que interferem na rentabilidade do agronegócio de forma geral, ou seja, em qualquer tipo de atividade. Sendo um dos principais o nível tecnológico, é importante que o empreendedor tenha como meta direcionar esforços nesse sentido. Para isso, são necessários também investimentos de médio e longo prazo, mas que trarão um retorno significativo e mais adiante e garantirão o sucesso do negócio.

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